quarta-feira, 30 de maio de 2012

Testemunho de Ana Machado


            Andava eu nos primeiros anos de preparação para o Crisma quando, a convite da minha catequista na altura (Paulinha), fui a um encontro do MMF em Braga. Foi aí que pela primeira vez tive o prazer de contactar com o grandioso Homem que é o Frei Carlos.
        Começou por “obrigar-nos” a colocar os telemóveis num cestinho que colocou perto dele e “ameaçou” se algum deles tocasse. Seguiram-se alguns alguns testemunhos sobre o seu percurso com os jovens, contou algumas histórias engraçadas dos seus alunos, disse que conhecia todas as nossas “manhas” e “truques” e, lembro-me perfeitamente, que se virou para a minha amiga do lado e lhe disse “vêem, esta nossa amiga está quase a dormir, perfeitamente visível só pela maneira como se mexe na cadeira”. Gargalhada geral. Gargalhadas essas que iam sendo uma constante, intercaladas por períodos de verdadeira reflexão, oração e partilha.
         Já lá vão uns anos mas há uma história, escrita pelo Frei Carlos, que ele contou nesse mesmo encontro e da qual eu jamais me esquecerei. Provavelmente outros conhecerão e o Frei que me perdoe se a minha memória aldrabar alguns pormenores, mas era mais ou menos assim:
Um pai, bastante atarefado, rasgou aos quadradinhos um mapa-mundo que estava numa folha de uma revista e pediu ao filho que montasse o “puzzle”, uma vez que ele tinha muitas coisas para fazer. Como o filho ainda nem na escola andava, pensou que demoraria muito até completar a imagem. Todavia, poucos minutos depois, a criança apresentou ao pai a imagem do mapa com todas as peças no devido lugar. Intrigado o pai perguntou-lhe como tinha ele conseguido resolvê-lo. Foi então que a criança respondeu: “Na parte de trás tinha a imagem de Nossa Senhora”.
          Não me perguntem por que razão esta história me ficou particularmente gravada, talvez por ser a primeira e com uma mensagem tão simples e tão bela ou, então, porque é dela que me lembro sempre que recordo o primeiro dia que vi o Frei Carlos.
           Desde então, são inúmeros os testemunhos, as mensagens, os conselhos e ensinamentos que guardo na minha cabeça e, essencialmente, no meu coração de um Homem que amava a Igreja e os jovens, entendo-os como ninguém, um orador inigualável, sapiente, de um altruísmo extremo e com um coração ainda maior. E, acima de tudo, alguém que soube guiar muitos jovens pelos caminhos da fé e do amor, ajudando-os a encontrarem Jesus e Nossa Senhora.
           Que olhe sempre por nós e nos dê força para dar continuidade ao que, durante todos estes anos, Ele construiu!

Ana Machado

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Santo Estêvão

Santo Estêvão
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